Dengue na gravidez: saiba quais são os riscos e como prevenir

A gestação é uma fase especial na vida da família. Por isso, nesse período é preciso ter ainda mais cuidados com a saúde. Já com a chegada do verão, um vilão costuma aparecer: o Aedes Aegypti, que pode causar a dengue na gravidez.

Além de transmitir a dengue, esse mosquito também causa a chikungunya e o zika vírus. Assim, para proteger a mãe e o bebê é preciso conhecer os riscos e a prevenção dessa doença. Então, acompanhe mais sobre os cuidados necessários.

A dengue e seus agravantes

O mosquito da dengue tem assustado futuras mamães desde o surto do zika, quando o Aedes Aegypti foi relacionado aos casos de microcefalia. Porém, essa ameaça também coloca a gestante e a criança em risco de outras maneiras.

Logo, não é só nesse caso em que há risco de má formação de bebês. Novas pesquisas científicas constatam que a dengue pode aumentar em 50% as chances de um bebê com problemas neurológicos.

Essa informação foi analisada pelos pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM), do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia e do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Além disso, se a mãe apresentar dengue no fim da gravidez, o bebê pode ser contaminado.

Com isso, ele terá placas avermelhadas, febre alta e tremores nos primeiros dias, precisando ficar no hospital. Então, é preciso ter cuidado!

Os riscos da dengue na gravidez para a mãe e o bebê

Porém, os perigos da dengue na gravidez são ainda maiores. Ao ter a doença, a coagulação sanguínea diminui, o que pode desprender a placenta, o que faz perder o bebê ou leva a parto prematuro. Entre os riscos para as mães estão:

· Risco de aborto;

· Pré-eclampsia;

· Eclâmpsia;

· Hemorragia;

· Falência dos rins;

· Comprometimento do fígado.

Esses quadros ocorrem em maior parte se a grávida for infectada no início ou fim da gestação. Por isso, é preciso fazer todos os exames de pré-natal.

Outro perigo é que a futura mãe também tem mais chances de desenvolver a forma grave da dengue, que pode até mesmo levar à morte.

Mas calma! Seguindo o tratamento corretamente, a dengue na gravidez não causa problemas mais sérios para a mãe e o bebê.

Por isso, é importante buscar ajuda médica nas primeiras suspeitas e manter os cuidados garantindo um plano de saúde para gestantes.

Tratamento contra a dengue na gravidez

Para tratar a doença, em geral, a gestante precisa ficar internada no hospital. Então, ela ficará de repouso para fazer exames, receber soro pela veia, além de tomar remédios analgésicos e antitérmicos para diminuir os riscos de hemorragia ou aborto.

Já em casos mais leves, a dengue pode ser tratada em casa. Os tratamentos mais comuns são aumentar a ingestão de água, repousar e tomar dipirona.

Porém, mesmo que você saiba disso, o automedicamento é contraindicado, já que pode mascarar os sintomas em caso de uma dengue mais grave.

Outro detalhe é que o uso de dipirona está entre as coisas que uma grávida não deve fazer no primeiro e no último trimestre de gestação.

Quando há um caso de dengue hemorrágica na gravidez, o tratamento apenas é feito no hospital, com internação. A grávida também pode receber transfusões de sangue, se necessário.

Formas de prevenção à dengue

Para evitar casos de dengue, é preciso impedir a proliferação do mosquito. Portanto, as medidas preventivas mais indicadas são:

• Manter a caixa d’água fechada;
• Evitar lixo no quintal;
• Usar telas em portas e janelas;
• Deixar as lixeiras bem fechadas;
• Passar repelentes autorizados pelo médico;
• Limpar as calhas com regularidade;
• Nunca deixar água parada em vasos de plantas ou pneus.

Com isso, você consegue diminuir as chances da dengue na gravidez. Por fim, se mesmo com esses cuidados a gestante sentir dores de cabeça, febre, náuseas, dores nas articulações ou manchas na pele, busque ajuda médica.

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