Autismo e plano de saúde: conheça seus direitos e acesso a tratamentos

Já passou pela sua cabeça se tornar pai ou mãe no futuro? Provavelmente sim, mas também sabemos que só de pensar, já surge aquele medo de não dar conta de tamanha responsabilidade. Agora, imagine se for detectado que seu filho é autista? Calma, pois não é motivo para desespero, porque vamos te explicar a relação entre autismo e plano de saúde.

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Ter um filho diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) impacta grandemente a vida dos pais, principalmente se for o primeiro filho ou se os pais não tiverem conhecimento nenhum sobre esse transtorno.

Em primeiro lugar, é indispensável que você leve o seu filho ao médico especializado para que, a partir daí, ele possa verificar se ele realmente tem autismo.

A partir do diagnóstico, começa a corrida para início dos tratamentos, já que quanto mais cedo, mais efetivos os efeitos.

É em meio a essa corrida que surgem dúvidas acerca do autismo e plano de saúde. Afinal, é um assunto relevante que não é muito abordado, então a população acaba ficando carente de informação e de saber quais são seus direitos.

Apesar disso, nós da Corretora Cedro queremos resolver seus problemas e te tirar dessa zona da falta de conhecimento. Neste texto iremos abordar algumas das questões fundamentais a respeito do tratamento de crianças autistas pelo plano de saúde.

Além disso, falaremos sobre o autismo em si, quais são os primeiros sintomas, o que causa, como funciona o tratamento e ainda vamos esclarecer algumas dúvidas que você possa ter. Então, não perca uma linha sequer e boa leitura!

Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Você sabia que o Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado no dia 02 de abril? Pois é, a data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa informar e conscientizar a população.

Dessa forma, é possível reduzir a descriminação e o preconceito que existe sobre esse transtorno. Além disso, também evita o prejuízo no diagnóstico que acontece devido a falta de informação.

A conscientização é o primeiro passo para construirmos uma sociedade mais compreensiva e acolhedora. Apoie essa causa você também!

Autismo: tudo que você precisa saber

Antes de mais nada, você precisa saber que autismo é um transtorno de desenvolvimento que compromete a capacidade de comunicação e interação social do paciente.

Você sabia que, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2020), 1 em cada 54 pessoas é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Esse dado foi maior do que a publicação realizada em 2018, que era de 1 para cada 59 pessoas.

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Sendo assim, podemos ter dois possíveis caminhos de conclusão: ou o número de pessoas com autismo realmente aumentou ou o número de diagnósticos aumentou.

Pode parecer muita informação de uma vez só, mas nós vamos te explicar com calma tudo que você precisa saber sobre autismo. A seguir, conheça quais são os sintomas e as causas.

Primeiros sinais de autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é diagnosticado até os 3 anos e geralmente os pais começam a notar os primeiros sinais antes dos 18 meses e buscam ajuda médica até os 2 anos.

As crianças com autismo podem apresentar dificuldades em:

  • Interagir socialmente, como manter contato visual e expressar emoções;
  • Comunicação verbal, por exemplo: dificuldade em começar ou manter um diálogo e uso repetitivo de palavras;
  • Alteração comportamental, como: ações repetitivas, apego a rotinas, manias e dificuldade de imaginação (brincar de faz de conta).

Quais são as causas?

De antemão, qualquer criança pode desenvolver o Transtorno do Espectro Autista. E, apesar de haver muitas pesquisas sobre o assunto, ainda não se sabe muito sobre o que provoca o desenvolvimento dessa condição.

A seguir, confira as principais causas que alguns estudos apontam:

  • Fator genético e hereditário – a conexão entre as células pode ser deficiente e alguns autistas podem apresentar o cérebro maior;
  • Alterações bioquímicas – caracterizada pelo excesso de serotonina no sangue;
  • Anormalidade cromossômica – desaparecimento ou duplicação do cromossomo 16.

Como é feito o diagnóstico?

Primeiramente, o diagnóstico do autismo é exclusivamente clínico e pode ser feito por um pediatra ou psiquiatra. Além disso, é realizado com base na observação direta do comportamento do paciente e por meio de uma entrevista com pais ou responsáveis.

Você acha que é fácil diagnosticar? É aí que mora o engano, porque muitas vezes os sintomas podem ser confundidos com timidez e falta de atenção. Portanto, em caso de suspeita, busque um médico o quanto antes.

Existe tratamento para autismo?

Em primeiro lugar, a boa notícia é que existe sim tratamento para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Porém, deve ser indicado e realizado com acompanhamento médico, pois vai depender de fatores como o tipo do autismo e o grau de comprometimento.

Apesar de precisar de ajuda médica, não podemos deixar de te informar. Então, de modo geral, o tratamento para o autismo pode ser feito utilizando os seguintes métodos:

  • Uso de medicamentos com prescrição médica;
  • Sessões com fonoaudiólogo para melhorar a habilidade de comunicação;
  • Terapia comportamental para auxiliar nas tarefas diárias;
  • Terapia em grupo para melhorar a socialização da criança.

Vale ressaltar que não existe cura para o autismo, mas se o tratamento for realizado de forma correta, torna a vida dos pais e da criança um pouco mais fáceis.

Autismo e plano de saúde: o tratamento é possível?

Antes de mais nada, queremos tranquilizar o seu coração, porque o plano de saúde tem obrigação de dar todo o suporte necessário. A seguir, acompanhe alguns pontos importantes de saber:

  • A operadora não pode negar cobertura ao tratamento, desde que haja prescrição médica;
  • O plano de saúde é obrigado a cobrir todas as terapias recomendadas pelo médico especialista, seja pela rede credenciada ou pelo reembolso;
  • A cobertura deve acontecer independente da duração do tratamento, do número de sessões e consta no Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
  • Exemplos de terapias que os convênios devem custear: terapia ocupacional, fonoaudiologia, musicoterapia, terapia alimentar, psicoterapia, fisioterapia, terapia com animais e terapia ABA.

Autismo e Plano de Saúde

Quando do diagnóstico de uma criança como portadora de Autismo, deverá, de pronto, iniciar terapias e tratamentos objetivando redução de déficits.

Quanto mais cedo se iniciam os tratamentos, melhor será a evolução e desenvolvimento do paciente autista.

Neste aspecto, a terapia mais recomendada é a conhecida como ABA (Applied Behavior Analysis) ou Análise do Comportamento Aplicada.

A principal dúvida de pais quando do diagnóstico é se o plano de saúde é obrigado a promover esse tratamento.

Método ABA é cobertura obrigatória?

O complexo de terapias e tratamentos para autistas conhecido como ABA não consta como cobertura obrigatória a ser oferecida pelos planos de saúde de acordo com o rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Contudo, as operadoras de planos de saúde o oferecem, uma vez que estão vinculadas aos documentos e laudos emitidos pelo profissional médico, não podendo a operadora de saúde intervir na maneira como um tratamento será ou não realizado.

Neste aspecto, é de suma importância que os pais de crianças diagnosticadas com autismo tenham planos de saúde adequados.

Isto porque não se trata de um acompanhamento médico normal, mas sim uma estratégia desenvolvida por uma equipe multiprofissional.

É possível dizer até que o método ABA não é aplicado de maneira igual para duas crianças com autismo.

Ele se adapta às necessidades de desenvolvimento de cada criança e por isso é muito caro.

A seguir trataremos de alguns cuidados que os pais devem ter quando da questão autismo e plano de saúde.

O Autismo como doença preexistente e a carência

Um dos cuidados a se ter é com a classificação errônea do autismo como uma doença preexistente.

Isso faz com que seja estabelecido um prazo de carência de 24 meses.

Isso quer dizer que o paciente terá de esperar 2 anos para poder solicitar tratamento perante o plano de saúde.

Acontece que de acordo com a Lei n.º 12.764/2012 autismo é deficiência e não doença, portanto, a pessoa com autismo cumprirá carência como qualquer outra pessoa, por 180 dias.

Limite de Sessões para o Tratamento

Outro cuidado que os pais devem ter é em relação aos limites de sessões para o tratamento.

Isso acontece quando o médico responsável receita um número X de sessões e a operadora só libera um número menor.

Essa conduta pode ser revertida, pois, como dito anteriormente, quem decide sobre o tratamento é o médico, não a operadora.

Negativa ao Tratamento ABA por não constar no Rol da ANS

Outro cuidado ao qual os pais devem se ater é a negativa ao tratamento ABA por não se encontrar no rol de procedimentos obrigatórios a serem oferecidos pela ANS.

Acontece que o método ABA é uma modalidade de terapia, estando, portanto, abrangido como psicoterapia.

Impedir que o paciente tenha acesso a uma modalidade de terapia significa desviar o plano de saúde de sua finalidade, qual seja, a saúde do paciente.

Portanto, mesmo que não esteja prevista no rol da ANS, o método ABA deverá ser fornecido pelos planos de saúde.

O que fazer no caso de uma dessas situações perante o Plano de saúde?

Qualquer uma dessas situações pode ser facilmente resolvida perante as operadoras com um pedido administrativo instruído com documentações médicas.

Isso pode ocorrer principalmente em razão de algum erro por parte do setor administrativo das operadoras.

E a maneira mais fácil de ser corrido é realizando um pedido explicando toda a situação.

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Principais dúvidas sobre autismo e plano de saúde

Por não ser um assunto que é comumente abordado, resolvemos separar um tópico exclusivo para as principais dúvidas que surgem quando o assunto é autismo e plano de saúde.

Então, dá uma olhada para tirar suas dúvidas e ficar ainda mais informado(a):

O autismo é mais comum em meninos ou meninas?

O transtorno é mais comum em meninos. Segundo dados atualizados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), para cada 1 menina autista, há 4 meninos com Transtorno do Espectro Autista.

Quais são os fatores de risco?

Alguns fatores podem ser considerados de risco para o desenvolvimento do autismo, tais como: sexo masculino, histórico familiar, crianças com outros problemas específicos e a idade dos pais.

Como cuidar da criança autista em casa?

Você sabia que é possível melhorar a qualidade de vida da criança autista com alguns cuidados em casa? São eles: observar se o filho possui algum talento especial, respeitar as rotinas, evitar móveis desnecessários em casa e desenvolver bons hábitos de sono.

As pessoas com TEA podem conviver normalmente com a sociedade?

Sim! As pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem conviver normalmente, mas o grau de dificuldade vai depender do nível do seu transtorno.

A prematuridade causa o autismo?

Vale ressaltar que não há nada confirmado, mas alguns estudos apontam que bebês prematuros possuem maiores chances de vir a desenvolver o TEA.

Os sintomas podem demorar a aparecer?

Sim. Apesar de alguns sintomas surgirem nos primeiros anos de vida, outros sinais podem levar mais tempo e ficarem mais evidentes à medida que a demanda de exercer habilidades sociais aumentam.

Quais são os ambientes que provocam mal estar nos autistas?

A resposta para essa pergunta depende de quais são as desordens sensoriais que o paciente possui. Mas, de modo geral, shoppings costumam ser bastante desconfortáveis devido aos vários estímulos sensoriais ao mesmo tempo, como: velocidade das pessoas, muitos cheiros diferentes, muitas cores e mais.

Autismo é doença?

O autismo é classificado como um transtorno do desenvolvimento. Portanto, é essencial que, ao lidar com um portador do TEA, não se deve tratá-lo como doente.

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Autismo e plano de saúde: para concluir

No decorrer deste artigo, você pôde conhecer mais sobre o autismo, os primeiros sinais, fatores de risco e se é possível realizar o tratamento pelo plano de saúde. Além disso, ainda falamos sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ressaltando a importância de conhecer, compreender e acolher os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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