Cirurgia de ginecomastia: saiba tudo sobre redução de mama masculina

Uma condição que pode causar muito desconforto aos homens e afetar a sua auto estima é o crescimento das mamas. Mas você sabe qual o termo técnico para isso? O aumento benigno das glândulas mamárias é chamado de ginecomastia. Uma das formas de tratamento é a cirurgia de ginecomastia, mas você sabe tudo sobre ela? A Corretora Cedro explica!

A cirurgia de ginecomastia é a redução de mama masculina. Ela é a solução para um problema que pode afetar a qualidade de vida de homens de todas as idades.

Segundo Marina de Brot, coordenadora do Clube da Mama da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), a ginecomastia é mais comum no público adolescente por causa das alterações hormonais que acontecem na puberdade.

Você ficou interessado e deseja saber mais sobre o assunto? Continue lendo este texto e retire de uma vez por todas as suas dúvidas sobre o procedimento. Boa leitura!

O que é ginecomastia? E quais são as causas?

A ginecomastia é o aumento da glândula mamária. Suas causas são várias e podem depender da idade do homem. São elas:

• contato com o estrogênio da mãe durante a gestação;
• evolução tardia dos índices de testosterona em adolescentes;
• queda da quantidade de testosterona em adultos;
• uso de anabolizantes;
• hereditariedade;
• doença renal ou hepática;
• desequilíbrio hormonal devido a tratamentos de câncer;
• desequilíbrio hormonal como efeito colateral de medicações;
• drogas, como maconha e heroína.

Há também a pseudoginecomastia ou lipomastia, quando o aumento da mama é causado por acúmulo de gordura. É comum homens que tenham tanto a lipomastia como a ginecomastia.

Primeiramente, é importante saber que, mesmo sendo considerado um aumento benigno, esse crescimento anormal das mamas causa constrangimento para o homem e uma piora na qualidade de vida. Por isso, é muito indicado o processo cirúrgico.

A ginecomastia pode acontecer em qualquer idade, mas é mais comum em adolescentes, fase em que se acentua ainda mais os problemas emocionais.

Além da cirurgia de ginecomastia, existem outros tratamentos, como remédios que tratam desequilíbrios hormonais.

Além disso, o emagrecimento é indicado quando a causa for acúmulo de gordura.

Graus da ginecomastia

Você sabia que existem 4 graus de ginecomastia? Pois é! Os graus são determinados conforme o crescimento da mama e a escolha do tratamento tem relação direta com a evolução do quadro. A seguir, conheça quais são os tipos e suas respectivas características:

• Grau 1: sabe quando as camisas ficam mais justas e marcadas? Apesar do aumento ser discreto nessa fase, já é possível notar que as mamas ficam projetadas para fora. Neste caso, não há sobra de pele e o tratamento medicamentoso é recomendado quando não há regressão espontânea.
• Grau 2A: apesar do aumento ainda ser pequeno, já é maior do que o grau 1. A saliência não é perceptível apenas no seio, mas na região torácica também. Ainda não há excesso de pele, mas o médico pode recomendar o tratamento cirúrgico.
• Grau 2B: as condições são semelhantes ao grau 2A. Contudo, a saliência e o excesso de pele são maiores no grau 2B.
• Grau 3: é o estágio mais avançado da condição e o grande aumento das mamas vem associado a um excesso de pele ainda maior. A sobra de pele compromete o aspecto da região torácica e o peso pode causar uma ptose mamária. Nesta situação, a cirurgia de ginecomastia e retirada do excesso de pele são as opções mais indicadas para solucionar o problema.

Ginecomastia manifesta sintomas?

Apesar do problema maior da ginecomastia ser relacionado à aparência feminina devido ao aumento das mamas, é possível perceber alguns sinais que essa condição emite. A seguir, conheça quais são:

• Dor e sensibilidade nas mamas;
• Crescimento anormal das mamas;
• Coceiras;
• Acúmulo de gordura na região;
• Galactorreia, em alguns casos.

É possível evitar a ginecomastia?

Em primeiro lugar, é necessário dizer que não há uma forma 100% eficaz de prevenir a ginecomastia. Contudo, você pode ficar atento a alguns pontos a fim de tentar evitar este problema. Veja algumas dicas:

• Algumas doenças podem contribuir com o surgimento da ginecomastia. Então, é muito importante cuidar da saúde como um todo, assim você pode diagnosticar e tratar doenças de modo precoce para prevenir o crescimento anormal das mamas.
• Alguns medicamentos também contribuem para a ginecomastia. Portanto, o segredo é evitá-los, se possível.
• Manter uma alimentação saudável e balanceada é fundamental para a saúde como um todo, sobretudo para a ginecomastia.

Ginecomastia X Pseudoginecomastia: qual é a diferença?

Você já ouviu falar em ginecomastia e pseudoginecomastia? Ainda não? Fica tranquilo, porque nós vamos te explicar para que você possa compreender melhor.

Antes de mais nada, o aumento das mamas é o ponto em comum entre ginecomastia e pseudoginecomastia. Entretanto, a diferença entre elas está na causa. Vamos conhecer?

Quando o diagnóstico é de pseudoginecomastia, a causa é o excesso de peso. Por outro lado, se o homem é diagnosticado com ginecomastia “real”, as causas são variadas (tireoide, problemas no fígado e outras) e essa condição afeta diretamente na saúde do paciente, sobretudo a saúde mental devido aos prejuízos causados em sua auto estima.

Com relação à cobertura pelos planos de saúde, é essencial informar que a cobertura só está garantida nos casos de ginecomastia “real”, uma vez que a saúde é prejudicada. Mas por que a pseudoginecomastia está fora da cobertura? Isso acontece porque se entende como uma questão estética e, portanto, os convênios médicos não são obrigados a cobrir procedimentos estéticos.

Como é feita a cirurgia de ginecomastia?

A cirurgia é o principal tratamento para a ginecomastia. O que ocorre é a remoção de todo o tecido da glândula mamária. Normalmente é feita com um corte em formato de meia lua ao redor do mamilo.

Ela é realizada com anestesia local e sedação. A duração do procedimento vai depender do tamanho, mas é em torno de 1h a 3h, e o paciente não precisa dormir no hospital.

Porém, em casos mais graves, a anestesia tem que ser geral e o tempo de internação é de pelo menos 24 horas.

Em casos apenas de lipomastia, ou seja, quando a causa é o acúmulo de gordura, é recomendada uma lipoaspiração comum. A lipoaspiração pode ser feita em conjunto à cirurgia de genecomastia, caso o paciente apresente ginecomastia e lipomastia.

A cirurgia apresenta alguns riscos, como formação de hematomas, que podem ser evitados com o uso de colete elástico, infeção, necrose da pele e, raramente, queloides.

No geral, é uma cirurgia rápida e que pode ser fundamental para a melhora da qualidade de vida dos homens, devolvendo a autoconfiança que a ginecomastia pode tirar.

Mas é sempre bom lembrar que a mama pode voltar a crescer se alguma doença ou medicação hormonal estimular.

Plano de saúde cobre cirurgia de ginecomastia?

Quando se trata de ginecomastia, os planos de saúde cobrem a cirurgia. Porém, quando o caso é de lipomastia, o plano não é obrigado a cobrir.

Para quem a cirurgia é indicada?

À primeira vista, ela indicada para homens adultos que já tem o tamanho das mamas estabilizadas. É indicada quando não houve resposta com o tratamento clínico e quando o paciente sofre consequências psíquicas.

Também pode ser indicada para adolescentes, mas é preciso ficar claro que novos procedimentos poderão ser necessários no futuro.

Quais profissionais realizam a cirurgia de ginecomastia?

O diagnóstico da ginecomastia pode ser feita por um clínico geral, pelo endocrinologista, pelo mastologista ou pelo cirurgião plástico. Esses profissionais participam da avaliação médica.

Para a realização da cirurgia, o cirurgião plástico é o profissional apto.

Cirurgia de ginecomastia: riscos e complicações

De antemão, toda cirurgia possui algum risco, ainda que seja mínimo. Diante disso, trouxemos este tópico a fim de trazer esclarecimentos sobre as complicações que podem acontecer após a cirurgia de ginecomastia. Confira:

• Formação de hematomas;
• Equimoses;
• Infecção;
• Abertura da incisão;
• Cicatrizes inestéticas;
• Necrose da pele;
• Queloides, em casos raros;
• Seroma;
• Complicações sistêmicas. 

Cirurgia de ginecomastia: pré e pós operatório

De antemão, todos nós sabemos que todo procedimento cirúrgico necessita de alguns cuidados especiais tanto no pré operatório quanto no pós operatório. Portanto, separamos esse tópico para trazer quais são as recomendações de acordo com cada fase. Vamos lá?

Pré-operatório

1. Fazer jejum de 8 horas antes da realização da cirurgia de ginecomastia;
2. Evite medicamentos anticoagulantes;
3. Remoção os pelos da região entre pescoço e umbigo, pode ser feita em casa ou no hospital;
4. Programar-se para se manter afastado das atividades e repousar por, aproximadamente, 2 a 4 semanas;
5. Mantenha uma alimentação leve antes da cirurgia, evitando bebidas álcoolicas e refeições pesadas;
6. Se estiver gripado ou indisposto, comunicar o ocorrido ao seu médico.

Pós-operatório

1. NÃO faça esforço físico excessivo nos primeiros 15 dias;
2. NÃO abuse da movimentação dos braços por um período de 30 dias;
3. Usar um colete elástico durante 30 ou 45 dias;
4. Evitar fumar durante 15 dias após a realização da cirurgia;
5. As sessões de drenagem linfática são bem-vindas. Se possível, fazer no período recomendado pelo seu médico;
6. Dormir de barriga para cima por 4 semanas.

Como é a recuperação da cirurgia de ginecomastia?

A recuperação depende de cada paciente. Geralmente, em duas semanas, o paciente volta se movimentar normalmente. E o resultado final ocorre entre seis meses e um ano.

No processo de recuperação, devido ao sangue acumulado, é necessário utilizar drenos por um ou três dias.

Durante um mês, é indicada a utilização de um colete, para auxiliar na aderência da pele ao tórax e na sustentação da mama. Nesse período, o paciente deve evitar fumar e praticar exercícios físicos para não prejudicar a cicatrização.

Principalmente quando se realiza também a lipoaspiração, antibióticos e analgésicos anti-inflamatórios são prescritos para evitar dores e inflamações.

O resultado provável é um aspecto satisfatório das mamas com cicatrizes discretas. Assim como uma melhora na autoestima do paciente, que ganha mais segurança em relação ao seu corpo e uma melhor qualidade de vida.

Cirurgia de ginecomastia: dúvidas frequentes

De antemão, é comum que ainda reste alguma dúvida, pois se trata de um assunto relativamente amplo e repleto de informações e detalhes. Sendo assim, consideramos que seria uma boa ideia separar uma sessão do artigo especialmente para responder as perguntas mais frequentes. Gostou da ideia? Então, acompanhe:

Posso fazer lipoaspiração junto com a cirurgia de ginecomastia?

Sim! É possível associar a lipoaspiração ao tratamento cirúrgico da ginecomastia com a finalidade de obter um melhor resultado. Entretanto, é preciso avaliar se realmente é necessário.

Quanto tempo dura a cirurgia de ginecomastia?

Geralmente, a cirurgia dura entre 1 e 2 horas.

Quanto custa a cirurgia para correção da ginecomastia?

Nós não podemos te dar essa resposta, porque os valores da cirurgia variam conforme cada caso. Sendo assim, o orçamento só pode ser feito após uma avaliação presencial.

Qual anestesia costuma ser utilizada?

De modo geral, utiliza-se a anestesia local com sedação.

Se eu fizer a cirurgia, a ginecomastia pode voltar?

Sim! Em alguns casos, os fatores causadores da ginecomastia permanecem. Sendo assim, as glândulas mamárias podem voltar a aumentar.

As sessões de drenagem linfática são obrigatórias?

Não diríamos que são obrigatórias, mas sim necessárias. Isso acontece porque a drenagem linfática ajuda a remodelar cicatrizes e reduzir o inchaço.

Como é a cicatriz?

Geralmente, a incisão é feita em formato de “U” ao redor da aréola. Por outro lado, pode ser necessária uma outra incisão na horizontal para retirar o excesso de pele.

Em alguns casos, a incisão pode ser pequena quando a ginecomastia é predominantemente gordurosa.

Quais exames preciso fazer antes da cirurgia de ginecomastia?

Quando o médico recomenda o tratamento cirúrgico para a ginecomastia, é indispensável que o paciente realize alguns exames antes da realização do procedimento. Veja:

• Hemograma completo;
• Glicemia em jejum;
• Coagulograma completo;
• Ultrassonografia de mamas;
• Exame comum de urina;
• Dosagens de sódio, ureia, creatinina e potássio;
• Eletrocardiograma.

Cirurgia de ginecomastia: para finalizar

Antes de mais nada, nossos conteúdos são pensados em te ajudar e te trazer informação. Agora, você gostou deste artigo? Ao final da leitura, você pôde aprender mais sobre a cirurgia de ginecomastia e todos os aspectos que estão relacionados à condição.

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