Você sabia que mais de 55% das mulheres brasileiras que tiveram filhos não planejaram a gravidez? De acordo com uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, esse percentual está acima da média mundial, que é de 40%. Portanto, se engravidar não faz parte dos seus planos, é bom se precaver. E, por falar em prevenção, você já deve ter ouvido falar no DIU, mas será que o plano de saúde cobre DIU?
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Sabemos que existem vários métodos contraceptivos e os mais conhecidos são: pílula contraceptiva oral, contraceptivo injetável, DIU e camisinha. Mas também existem formas definitivas, como é o caso da vasectomia e da laqueadura.
É fato que gravidez não é brincadeira e deve ser levada a sério, pois você está gerando uma vida dentro de si e, no momento que você descobre que está grávida, a sua responsabilidade aumenta e sua vida passa por muitas mudanças. Por isso, se você não deseja engravidar, é bom usar algum método contraceptivo.
Existem muitas formas de prevenir a gravidez, e o Dispositivo Intrauterino (DIU) é uma destas formas. Aliás, ele é considerado um dos métodos mais eficazes da atualidade, tendo o menor índice de falha.
Porém, muitas brasileiras ainda não são adeptas do dispositivo. Este artigo vai tirar muitas dúvidas sobre este método e vamos te responder: o plano de saúde cobre DIU?
Quais são os principais métodos contraceptivos?
Antes de mais nada, é fundamental que você conheça quais são os principais métodos contraceptivos, assim como a eficácia de cada um. Confira atentamente quais são:
Métodos de barreira
- Camisinha
Esse tipo de preservativo pode ser usado tanto por homens quanto por mulheres, pois é encontrado nas duas versões. Além disso, a camisinha impede que o espermatozóide chegue até o útero e evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
A camisinha possui eficácia apenas durante a relação sexual, possui baixo custo (podendo ser adquirida pelo SUS) e deve ser descartada após o fim de cada relação.
- Diafragma
É considerado como um método de barreira, possui eficácia inferior à da camisinha e não é descartável. Além disso, é possível encontrar o diafragma em vários tamanhos.
Contracepção hormonal
- Anel vaginal
Esse método contraceptivo é flexível, feito de silicone, pode ser introduzido pela própria mulher e libera hormônios na corrente sanguínea, inibindo a ovulação. É utilizado por 21 dias e, após esse tempo, deve ser retirado para a mulher fazer uma pausa de 7 dias e só depois colocar outro.
- Contraceptivo injetável
O anticoncepcional injetável pode ser administrado com intervalos de 30 ou 90 dias, depende da marca. Possui benefícios semelhantes à pílula anticoncepcional e deve ser aplicado pelo médico ginecologista no consultório ou uma enfermeira no posto de saúde.
- Pílula anticoncepcional
É administrado de forma contínua, ou seja, você toma um comprimido todos os dias. Cada cartela pode conter de 21 a 28 pílulas e atuam na inibição da ovulação. Se não forem usadas corretamente, a eficácia da pílula está comprometida.
Dispositivo Intrauterino (DIU)
É um pequeno dispositivo de plástico em formato de “T” e que é implantado no útero da mulher através da vagina. Apesar de ser simples e rápido, esse procedimento deve ser realizado pelo seu ginecologista durante uma consulta.
Contracepção cirúrgica
- Vasectomia
É uma cirurgia que tem como objetivo a esterilização masculina, impedindo a liberação de espermatozóide no líquido ejaculado. Trata-se de um procedimento cirúrgico simples, não diminui a libido e não interfere no desempenho sexual do homem.
- Laqueadura
Esse procedimento consiste na esterilização feminina e não é reversível, pois consiste na interrupção do trajeto das trompas, impedindo que o espermatozóide chegue ao óvulo liberado por qualquer um dos ovários.
Planejamento familiar e as obrigações do plano de saúde
É muito bom poder planejar a sua família, decidir quantos filhos você pretende ter, não é mesmo? Saiba que esse tipo de decisão é muito importante, e que deve ser tomada com cautela, pois, muitas vezes, você pode se arrepender.
Por isso o planejamento familiar é tão importante. Nos planos de saúde você pode receber auxílio para fazer o planejamento e, através dos médicos ginecologistas, saber qual o melhor método contraceptivo para você.
Mas você sabia que existe uma lei que ampara o planejamento familiar e diz que é um direito de todo cidadão? Confira algumas determinações:
- O Sistema Único de Saúde (SUS) deve incluir como atividades básicas: assistência à concepção e contracepção, atendimento pré-natal, assistência ao parto, puerpério e neonatal, assim como o controle e prevenção de cânceres (cérvico-uterino, de mama, de próstata e de pênis);
- Esterilização voluntária é permitida nas seguintes situações: homens e mulheres maiores de 25 anos ou, com 2 filhos vivos, pelo menos. Também deve ser observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico;
- Em sociedade conjugal, a esterilização deve ser consentida por ambos os cônjuges;
- Para o pleno exercício do planejamento familiar: todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos são oferecidos, desde que a vida e a saúde das pessoas não esteja em risco.
Tudo que você precisa saber sobre DIU
O plano de saúde cobre DIU?
Não é porque sua amiga ou sua irmã faz uso de tal método que ele também é bom pra você. Isso só o seu ginecologista poderá dizer. Portanto, faça uma visita a ele e tire suas dúvidas.
Além disso, também é importante que você converse bastante com seu ginecologista e, juntos, decidam qual é a melhor opção de método contraceptivo para você. Se optarem pelo DIU, você precisa saber se o plano cobre, não é? Então a gente te conta!
O plano de saúde tem, por obrigação, desde janeiro de 2008, cobrir a colocação do DIU, seja hormonal ou não hormonal, assim como a laqueadura e a vasectomia.
Dispositivo Intrauterino (DIU)
A utilização do DIU vem aumentando muito no Brasil, mas ainda está longe de ser o método preferido das brasileiras, pois muitas ainda não sabem que o plano de saúde cobre DIU.
Posso utilizar o DIU? Indicações e contraindicações
Como dito anteriormente, o ideal é que você consulte o seu ginecologista para que seja escolhida a melhor opção contraceptiva de acordo com o seu caso. Porém, de modos gerais, existem casos em que o DIU é mais indicado. Confira quais são:
- Qualquer mulher com vida sexual ativa e que não queira engravidar a curto prazo;
- Mulheres que desejam comodidade, ou seja, um método contraceptivo bastante eficaz e sem a necessidade de lembrar dele como o contraceptivo oral, por exemplo;
- Mulheres que nunca tiveram filhos.
Assim como outros métodos contraceptivos e medicamentos de modo geral, o DIU também possui algumas contraindicações. As mulheres que apresentem os seguintes quadros não poderão usá-lo:
- Doença Inflamatória Pélvica;
- Anormalidade na anatomia do útero;
- Câncer uterino;
- Sangramento vaginal com origem desconhecida;
- Grávidas ou com suspeita de gravidez;
- Infecção sexualmente transmissível.
O que é e quais são os tipos existentes?
O dispositivo intrauterino, mais conhecido como DIU, é uma pequena haste em forma de “T” que é introduzida no útero da mulher com o objetivo de impedir a gravidez. Dependendo do seu tipo, o dispositivo pode permanecer no útero por um período de 5 a 10 anos.
Existem 3 tipos de DIU: o de cobre, o de prata e o mirena (hormonal).
- DIU de cobre: Sua haste é revestida em cobre, sendo assim, libera uma quantidade deste metal no útero. Esta ação causa um efeito inflamatório no órgão, porém, não faz mal ao organismo, apenas torna o ambiente não agradável para o espermatozoide, e então, a fecundação não acontece. Sua eficácia é de 99,3%, e seu efeito colateral mais comum é o aumento do fluxo menstrual e as cólicas, e pode ficar no corpo da mulher por até 10 anos;
- DIU de prata: Sua haste é revestida em prata e cobre, e funciona da mesma forma que o anterior, porém, este é mais moderno. A maior diferença é que, devido à prata, o fluxo menstrual e as cólicas são menos intensas quando comparadas ao DIU de cobre. A prata também diminui o risco de oxidação de cobre no organismo, aumentando, assim, a sua eficácia. Este pode ficar no corpo da mulher por até 5 anos;
- DIU de mirena (hormonal): Também produz a inflamação no útero, mas sua haste é composta por progesterona, sendo liberado aos poucos, entrando na corrente sanguínea. Seu efeito colateral mais frequente é a ausência da menstruação (em 1/3 das mulheres que utilizam), e sua eficácia é de 99,8%. Este dispositivo também é utilizado para tratamento de endometriose, mioma uterino e adenomiose.
Como é colocado o DIU?
O DIU é formado por uma pequena haste em forma de T ou Y que é inserida dentro do útero. O procedimento é feito pelo seu ginecologista, e pode ocorrer no próprio consultório.
Pode ser colocado a qualquer momento, desde que certificado a não gravidez da paciente. Geralmente se coloca quando a mulher está menstruada, pois o seu útero se encontra mais dilatado, sendo mais fácil a colocação.
O DIU já age imediatamente, independente do período do ciclo menstrual que a paciente se encontre.
Quais são as vantagens do DIU? E as desvantagens?
Agora que você já sabe que o plano de saúde cobre DIU, que tal conhecer os pontos positivos e negativos desse dispositivo? O Dr. Luiz Flávio Cordeiro nos alerta para as vantagens e desvantagens do DIU de cobre e de mirena, já a Dra. Fernanda Torras nos apresenta o lado bom e ruim do DIU de prata. Acompanhe:
- DIU de cobre
Vantagens: baixo custo, possui validade de até 10 anos e não tem a sua eficácia reduzida decorrente de algum medicamento.
Desvantagens: aumento do fluxo menstrual, pode causar cólicas mais fortes e infecção do trato genital superior.
Vantagens: taxa de eficácia superior ao DIU de cobre, suspensão ou redução do fluxo menstrual, é válido por até 5 anos, é benéfico ao organismo da mulher que sofre com endometriose e a fertilidade é recuperada com a remoção do dispositivo.
Desvantagens: sangramento genital irregular e possui um custo mais alto do que o DIU de cobre.
- DIU de prata
Vantagens: eficácia contraceptiva superior ao contraceptivo oral, pode ser usado em mulheres que tiveram câncer de mama e é isento de efeitos colaterais por não utilizar hormônios.
Desvantagens: não associa a contracepção com o controle de doenças ginecológicas e não reduz ou suspende o fluxo menstrual.
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Dúvidas sobre o DIU? A gente responde!
De acordo com dados atualizados do Ministério da Saúde, apenas 1,9% das mulheres em idade fértil utilizam do Dispositivo Intrauterino (DIU). Apesar de ser um número pouco expressivo, muitas dúvidas podem surgir quando o assunto é DIU. Pensando nisso, selecionamos algumas e vamos tirar todas as suas dúvidas!
- O DIU é abortivo?
Não, pois o DIU age antes da fecundação, ou seja, impede o encontro do espermatozóide com o óvulo.
- Dói para colocar o DIU?
Depende da sensibilidade da mulher. Mas, de modo geral, é um procedimento simples e indolor, mas que pode causar um certo incômodo/desconforto.
- Preciso usar outro método contraceptivo?
A dupla proteção é muito recomendada, principalmente pelo fato da camisinha (masculina ou feminina) proteger de doenças sexualmente transmissíveis.
- O DIU atrapalha na relação sexual?
Não. Apesar do dispositivo possuir um fio acoplado que facilita a sua retirada, isso não interfere na relação sexual e no prazer da mulher.
- Posso usar o DIU na fase de amamentação?
Sim, pode ser usado tranquilamente. Inclusive, o DIU de cobre pode ser introduzido logo após o parto. Se você acabou de ter seu bebê, clique aqui para ler e se informar sobre o melhor plano de saúde para bebê.
- Coloquei o DIU e sinto dores. É normal?
Sim. Você pode sentir um desconforto semelhante a uma cólica até que o dispositivo se acomode totalmente. Porém, se você sentir dores intensas ou se não passarem após um tempo, é importante você procurar seu médico.
- É verdade que o meu corpo pode rejeitar o DIU?
Sim. Apesar de não ser comum, essa rejeição pode acontecer pelo fato de ser um corpo estranho no seu útero. Segundo a Dra. Tatiana Barbosa Pellegrini, a chance de acontecer é baixa, o que corresponde a apenas 7 entre 100 mulheres.
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Plano de saúde cobre DIU: para finalizar
É importante que se tenha um plano de saúde para um melhor acompanhamento ginecológico antes, durante e depois da colocada do dispositivo.
Caso a paciente se arrependa e queira retirar o DIU, o plano de saúde não é obrigado a cobrir a retirada, sendo possível a cobrança pelo procedimento. Portanto, pense bem a respeito, e procure ajuda do planejamento familiar em seu plano de saúde.
Desde janeiro de 2008 todos os planos estão obrigados a cobrir a colocação do DIU, assim como o dispositivo.
Consulte a Corretora Cedro e saiba qual o melhor plano de saúde para você e sua família.
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